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Problemas intestinais podem antecipar o Parkinson, revela estudo

09 de Setembro de 2024

Uma nova pesquisa, publicada na revista JAMA Network Open, estabelece uma ligação entre problemas de saúde intestinal e um maior risco de desenvolver a doença de Parkinson. O estudo, conduzido pelo Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, nos Estados Unidos, sugere que alterações no revestimento do trato gastrointestinal podem ser um sinal precoce da doença neurodegenerativa.

Os investigadores analisaram dados de 9.350 pacientes com idade média de 52 anos, que foram submetidos a endoscopias para avaliar o estado do esófago, estômago e primeira parte do intestino delgado. Os resultados revelaram que indivíduos com alterações no tecido mole que reveste esses órgãos tinham 76% mais probabilidade de desenvolver Parkinson no futuro.

A Dra. Trisha Pasricha, gastroenterologista envolvida no estudo, explicou que "agora sabemos que sintomas intestinais como estes anunciam um futuro diagnóstico de doença de Parkinson". A especialista sugere que a patologia que causa o Parkinson pode ter origem no trato gastrointestinal e se espalhar para o cérebro.

Esta descoberta abre novas perspectivas para a compreensão e diagnóstico precoce da doença de Parkinson. Ao identificar alterações intestinais como um possível fator de risco, os investigadores esperam desenvolver novas estratégias para prevenir ou retardar a progressão da doença.

No entanto, é importante ressaltar que esta é apenas uma peça do puzzle. Mais pesquisas são necessárias para desvendar os mecanismos exatos que ligam a saúde intestinal à doença de Parkinson e para desenvolver intervenções terapêuticas eficazes.

Este estudo sugere que problemas intestinais podem ser um sinal de alerta para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Esta descoberta representa um avanço significativo na pesquisa sobre esta doença neurodegenerativa e abre novas possibilidades para a prevenção e tratamento.

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